Para não deixar que a ação do tempo destrua recordações importantes, registradas em fotografias, a Fundação Pró-Memória está lançando o projeto Restaurando o Passado. Atualmente, o acervo fotográfico do Centro de Documentação Histórica da instituição conta com cerca de 20 mil imagens, que vão do final do século 19 até a atualidade. Variado, o acervo apresenta registros fotográficos de famílias, estabelecimentos comerciais, indústrias, paisagens urbanas, rurais e outros aspectos da cidade. Dentro desse acervo, algumas imagens estão danificadas. Há casos de pedaços faltando em algumas fotografias, outras estão rasgadas, manchadas, dobradas ou apagadas. Isso é causado pela ação do tempo ou até mesmo pela má conservação. As técnicas de armazenamento utilizadas pela Pró-Memória conseguem conter a deterioração, mas muitas fotografias já são doadas desta maneira. Desde que iniciou seu trabalho na instituição, o fotógrafo e professor de fotografia digital, Augusto Coelho, está avaliando todo o acervo e fazendo uma seleção das fotografias que precisam de mais cuidados. As imagens selecionadas serão restauradas. “A idéia do projeto é preservar a imagem. Com relação ao papel, já estamos fazendo o necessário para sua conservação. Cuidarei para que a imagem não desapareça”, informa o fotógrafo. Com mais de 18 anos de profissão, Coelho já realizou iniciou o trabalho de restauração digital em algumas imagens. O processo começa com a digitalização da fotografia. Depois, ela passa por análise para identificação dos pontos a serem tratados ou reconstruídos. “Para o trabalho de reconstrução de uma fotografia são necessárias referências do local e da época. Essa pesquisa é extremamente necessária. O trabalho é lento e exige muito cuidado”, completa Coelho. A primeira fotografia que passou pelas mãos e pelo mouse de Augusto Coelho foi uma imagem panorâmica de São Caetano, do final da década de 1910. O original está rasgado, com marcas de dobras, manchado e com várias partes apagadas. O fotógrafo gastou uma semana inteira para terminar a restauração. Depois do trabalho finalizado é possível ver detalhes da foto, como o antigo Palacete De Nardi (atual sede do Museu Histórico Municipal) e a Igreja São Caetano. Outras imagens já estão sendo tratadas por Coelho e o projeto pode até virar uma exposição. As fotografias digitalmente restauradas serão utilizadas em exposições e também ficarão disponíveis para pesquisas no Centro de Documentação Histórica. Os originais continuarão guardados e não sofrerão interferências. Um dos pontos positivos da restauração digital é que o original não será mais manuseado, o que colabora para sua preservação. O projeto Restaurando o Passado vai preservar a essência e resgatar a beleza original das histórias e memórias de cada fotografia.

Depois de mostrar coleções de cartões-postais, cédulas e moedas, chegou a vez do Museu Histórico Municipal, de São Caetano, apresentar uma coletânea de selos. A exposição Selos do Brasil e do mundo, aberta em 18 de agosto, reúne cerca de 7 mil peças. Selos nacionais e internacionais estampam vitrines e painéis do museu, com amostras de países como Cuba, Venezuela, China, Coréia, Nicarágua, Panamá, Espanha, Trinidad e Tobago e outros. Cerca de metade da coleção é nacional e os temas são variados. Há imagens de animais, flores, festas populares, futebol, paisagens e outras. Há selos tridimensionais e de formatos diferentes. Toda a coleção de selos foi empréstimo de Alexandre Zevzikovas, morador de São Caetano e colecionador. Além de tentar despertar na população o interesse pelo colecionismo, a mostra pretende incentivar a nova geração a escrever cartas. Com o apoio da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos), a exposição apresenta selos originais a partir da década de 1930. Há cópias do primeiro selo do mundo, o penny black, lançado na Inglaterra em 6 de maio de 1840, e da primeira série de selos brasileiros, lançada em 1843, denominada Olho-de-boi. O Brasil foi o segundo país do mundo a adotar o selo postal. Os Correios estão participando com a exposição "História das Copas" composta de 6 cartazes que comemoram os 50 anos da conquista da Copa do Mundo pelo Brasil. Há imagens dos selos que foram emitidos nas copas de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002. Outro objetivo da mostra é divulgar o projeto "Correios nas Escolas", desenvolvido pelos Correios para incentivar o uso dos selos postais como recurso didático e a criação e a manutenção de clubes filatélicos; realizar cursos, palestras e oficinas de filatelia; realizar o intercâmbio escolar de correspondências; e apoiar a realização de eventos em datas comemorativas. Selos do Brasil e do mundo pode ser vista no Museu Histórico Municipal até 17 de outubro. A visitação é de segunda a sexta-feira, das 9h às 17h. O endereço é Rua Maximiliano Lorenzini, nº 122, Bairro da Fundação. Mais informações e agendamento de visitas pelo telefone 4229-1988.

No dia 19 de julho, na abertura da exposição Viajando pelo Mundo: Cartões-postais de Ontem e de Hoje, às 19h30, no Museu Histórico Municipal (Rua Maximiliano Lorenzini, 122 – Bairro da Fundação), a Fundação Pró-Memória lança o projeto São Caetano em Postais. Dentre as imagens do Centro de Documentação Histórica da Pró-Memória foram selecionadas dez fotografias, que se transformaram em cartões-postais, no tamanho 10x15cm. A idéia é que os moradores levem para casa imagens que somente encontram nas exposições, e que também possam mandá-las para amigos e parentes distantes. O projeto está ainda dentro da proposta da Fundação Pró-Memória de divulgar a memória da cidade. A coleção, que tem edição limitada, é composta de 10 postais e reúne fotografias de locais como a Praça Cardeal Arcoverde e vistas panorâmicas como da Rua João Pessoa. Os postais de São Caetano serão distribuídos gratuitamente aos presentes na abertura da exposição, no dia 19, e no lançamento da revista Raízes número 25, no dia 26 de julho, às 19h30, no São Caetano Esporte Clube (Rua Ceará, 393 – Bairro da Fundação). Mais informações sobre o projeto São Caetano em Postais, pelos telefones 4221-9008 ou 4221-7420.

A Paróquia Sagrada Família, popularmente conhecida como Matriz Nova, está comemorando, neste ano, 70 anos de sua inauguração, que aconteceu no dia 6 de junho de 1937. Como parte das comemorações, a Fundação Pró-Memória abre, no dia 12 de agosto, às 10h30, a exposição Igreja Matriz Sagrada Família: 70 anos de história e fé. Os painéis expositivos, localizados nas seis capelas dos corredores laterais da igreja, apresentam 70 imagens que contam a história da paróquia sob diversos aspectos. Um texto histórico, pelo qual é possível acompanhar toda a evolução da paróquia e até mesmo os fatos que levaram a sua construção, introduz a exposição. Um dos seis temas da mostra trata da construção da paróquia. Uma das imagens é da fase inicial das obras, em 1932. Famílias que colaboraram com a edificação do templo também foram lembradas. Os Baraldi, por exemplo, fizeram a doação do terreno, e a família de Caetano Coppini doou a imagem de São Caetano. Outro tema da mostra trata da pintura artística da igreja, executada pelos irmãos Pedro e Ulderico Gentili, e apresenta detalhes da obra. A história da Matriz continua com o resgate dos dez párocos que fizeram parte dessa evolução, começando com o padre Alexandre Grigolli, que ficou na paróquia até 1946, passando pelo padre Ézio Gislimberti, pároco local por 19 anos, e chegando ao atual, padre Jordélio Siles Ledo. Casamento é outro tema abordado. A exposição resgata flagrantes de casamentos passando por todas as décadas desde a inauguração da igreja. Uma imagem de julho de 1937 mostra o enlace de Ilídio Marques e Ida Negrelli, um dos primeiros celebrados no local. As celebrações realizadas na igreja encerram a mostra, com retratos de missas, apresentações musicais e teatrais, além de cerimônias solenes. A exposição Igreja Matriz Sagrada Família: 70 anos de história e fé fica em cartaz na Paróquia Sagrada Família até o dia 4 de novembro. A visitação é de segunda a sexta-feira, da 8h às 20h, aos sábados, das 8h às 21h, e aos domingos, das 7h às 12h e das 18h às 19h. Mais informações pelo telefone 4221-9008.

Em tempos de Jogos Pan-americanos, a Fundação Pró-Memória coloca uma vitoriosa equipe de basquete feminino, formada em São Caetano na década de 1960, nas páginas da revista Raízes e lança sua edição de número 35. O evento de lançamento será no dia 26 de julho, às 19h30, no São Caetano Esporte Clube, agremiação defendida pelas atletas na fase áurea do esporte na cidade. O principal tema da revista, na seção Dossiê, enfoca a época de ouro do basquete feminino em São Caetano do Sul. Os textos trazem histórias de vitórias, conquistas e sucessos das atletas que atuaram na cidade entre os anos de 1968 e 1974, como Delcy, Elzinha, Norminha, Marlene e Hortência. Artigos sobre essas esportistas, que formaram o time dos sonhos e alcançaram diversos títulos nacionais e internacionais, ocupam 33 páginas da revista, que tem 120 no total. Outros artigos recheiam as demais seções de Raízes. Alguns destaques são textos sobre o cinqüentenário da Delegacia Municipal do Ciesp e a história da fábrica de móveis escolares Móveis Barga, presente em São Caetano há 54 anos. O simpático casal Jaime e Alféa Pinton conta sua história na revista, que ainda resgata a trajetória de Accácio Novaes, primeiro presidente da Câmara Municipal de São Caetano. A publicação também retrata a carreira de Helena Moretin, mais conhecida como Heleninha, que cantou, durante 12 anos, ao lado de Francisco Petrônio, na Orquestra Real Baile da Saudade. Além disso, a revista traz muitos outros artigos, variados temas, e fotografias antigas, principalmente na seção Memória Fotográfica. Esta edição comemora os 18 anos da revista Raízes e vem com novidades. A capa passou por uma reformulação e ficou com um design mais leve e atual. O São Caetano Esporte Clube fica na Rua Ceará, 393, no bairro da Fundação. A revista será distribuída gratuitamente ao público presente. Mais informações pelos telefones 4221-9008 ou 4221-7420.

Mário Porfírio Rodrigues, jornalista, fundador do Jornal de São Caetano (1946), e participante do movimento que lutou pela autonomia político-administrativa de São Caetano, fez uma significativa doação à Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul. No dia 29 de novembro, o jornalista trouxe à Fundação 319 fotografias e 16 volumes encadernados de jornais da cidade. As imagens doadas retratam eventos e confraternizações profissionais, além de imagens do movimento autonomista, de acontecimentos políticos e de momentos com a família. As encadernações contam com exemplares do Jornal de São Caetano, de 1946 a 1952, do Sancaetanense Jornal, de 1982 a 1991, e da Folha de São Caetano, de 1982. “Toda a história da minha vida está neste material. Não quero que nada seja perdido, por isso quero que tudo fique sob os cuidados da Fundação Pró-Memória”, justificou o autonomista. O material está sendo catalogado e dentro de alguns dias será inserido no acervo do Centro de Documentação Histórica da Fundação Pró-Memória.

Depois de promover a exposição Ciesp: 50 anos em São Caetano, quer circulou por vários espaços da cidade, a Fundação Pró-Memória, em parceria com a Delegacia Municipal do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, lança, no dia 8 de novembro, o livro Das chaminés à Robótica – 50 anos do Ciesp em São Caetano. Escrito pelo jornalista Aleksandar Jovanovic, a publicação integra o Projeto Editorial da Pró-Memória e celebra o Jubileu de Ouro do Ciesp em São Caetano. Em 120 páginas, o autor narra a trajetória da entidade e traça um panorama da evolução histórica e econômica da cidade e do país desde a década de 1950 até a atualidade. Ilustrado com fotografias de eventos promovidos pelo Ciesp e suas participações em convenções, além de imagens da cidade, o livro apresenta 11 testemunhos, entre eles os de seis membros da primeira diretoria da Delegacia Municipal. Imagens das comemorações do cinqüentenário também fazem parte da publicação, que ainda traz relações dos membros de todas as gestões da diretoria do Ciesp, desde 1957. O lançamento será realizado em um evento organizado pelo Ciesp para convidados, no Samyr Buffet (Rua Oriente, 173) a partir das 19h.

A Fundação Pró-Memória de São Caetano do Sul encerra o ano com a exposição O sonho da formatura, aberta a partir de 7 de dezembro, no Salão de Exposições II, localizado no Espaço Verde Chico Mendes (Rua Fernando Simonsen, 566). Imagens de crianças e jovens em cerimônias e festas de formatura, no momento da entrega dos diplomas, ou reunidos com os demais formandos fazem parte da exposição, que apresenta um total de 27 fotografias. Começando nos anos 30, a mostra ainda passa pelas décadas de 1950 a 1990. Uma das imagens mais interessantes é a da formatura de Diva Cassetari Grassi, a primeira mulher a exercer a profissão de farmacêutica na cidade. Há registros de formaturas de cursos como Corte e Costura, Química e Contabilidade, e dos antigos ginásios e grupos escolares. O sonho da formatura pode ser vista até 8 de fevereiro. A visitação é de terça a domingo, das 9h às 12h e das 14h às 18h. Mais informações pelo telefone 4221-9008. A entrada é gratuita.

Já no final do século 19, as reuniões dançantes faziam parte do cotidiano dos moradores de São Caetano. No início, eram realizadas em casas de família, mas com o surgimento de agremiações recreativas e esportivas passaram a ser obrigatórias nas programações culturais destes locais. A preparação, a dança, o vestuário, a música, o glamour e a magia dos bailes são o principal tema da revista Raízes nº 36, que será lançada no dia 18 de dezembro, às 19h, no Centro Educacional e de Convivência João Nicolau Braido. Publicação semestral da Fundação Pró-Memória, Raízes vem com 116 páginas. O Dossiê, maior seção da revista, apresenta cinco artigos que resgatam os bailes que agitaram a cidade. Considerados eventos sociais de especial importância, esses encontros dançantes mobilizavam os moradores. O leitor poderá reviver décadas de dança, música, flerte, moda e romantismo que embalaram os bailes, desde o final do século 19, até a década de 1970, quando a era disco invadiu a cidade. Um dos artigos traz entrevistas com as debutantes do primeiro Baile Branco, famoso e badalado evento que apresentava grupos de adolescentes à sociedade sul-sancaetanense. A publicação continua, nas outras seções, a falar de história e memória. Nas páginas de Cultura, um dos textos trata da ética e técnica nos processos de conservação e restauração de bens patrimoniais. Em Artigos, as histórias da Sociedade Beneficente Internacional União Operária, que está completando 100 anos de existência, e da cidade paranaense Alfredo Chaves que, como São Caetano, foi colonizada por imigrantes vênetos, ganham destaque. Na seção Depoimentos, o relato de vida de pessoas como André Américo da Silva, um simpático mecânico, e da família Souza, dona da primeira sorveteria de São Caetano. Raízes ainda apresenta diversos artigos nas seções Esportes, Personagens e Crônicas e Causos. A Memória Fotográfica é ilustrada com imagens da cidade das décadas de 1930 a 1970. Nesta edição, a revista vem com um encarte especial de 8 páginas, repleto de fotografias dos bailes da cidade e seus personagens. O Centro Educacional e de Convivência João Nicolau Braido fica na Rua Humberto de Campos, nº 600. A revista será distribuída gratuitamente aos presentes. Mais informações pelo telefone 4221-9008.

Diversas figuras da vida política brasileira já estiveram em São Caetano. É o que mostra a exposição Ilustres Visitantes: As Autoridades Políticas que passaram por São Caetano, que foi aberta no dia 4 de junho, no Salão de Exposições II, da Fundação Pró-Memória, localizado no Espaço Verde Chico Mendes. São 27 reproduções fotográficas que comprovam a passagem de importantes políticos brasileiros e estrangeiros pela cidade, por motivos diversos, desde campanhas eleitorais até eventos culturais. Adhemar de Barros, Franco Montoro, Jânio Quadros, Laudo Natel e Orestes Quércia são alguns dos representantes de governos que aparecem na mostra. A imagem mais antiga é de 1941 e registra a presença do então presidente Getúlio Vargas, durante sua visita à Cerâmica São Caetano, indústria instalada na cidade. O flagrante mais recente é de Mário Covas, que participou de um evento em São Caetano em 2000, durante sua gestão como governador. Ilustres Visitantes revela ainda que o Imperador Dom Pedro II esteve aqui em 1878, quando a cidade era apenas Núcleo Colonial, e mostra que, após obter sua autonomia política, em 1948, São Caetano passou a receber, com frequência, visitantes de grande projeção no cenário político brasileiro. A exposição Ilustres Visitantes: As Autoridades Políticas que passaram por São Caetano fica no Salão de Exposições II até o dia 29 de julho. O Espaço Verde Chico Mendes fica na Avenida Fernando Simonsen, 566. A visitação é de terça a sexta, das 9h às 18h e aos sábados e domingos, das 9h às 12h e das 14h às 17h. Mais informações pelo telefone 4221-9008. A entrada é gratuita